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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O P de pessoas e o Marketing 2.0

Quem é da área de marketing conhece a teoria dos 4 P’s e, mais atualmente, a dos 5 P’s, 8P’s… Enfim, a quantidade de P’s não importa. Não tenho aqui a pretensão de discutir teorias de marketing e, portanto, não entrarei neste mérito. Minha ideia aqui é refletir um pouco sobre o que, em minha opinião, vem a ser o principal dos P’s, independentemente da teoria utilizada ou estratégias adotadas – o P de pessoas.
O P de pessoas é o que faz tudo funcionar. Há as pessoas que trabalham com você ou para você – os seus colaboradores ou funcionários e há o seu consumidor, o seu cliente, ou seja lá como você queira chamá-lo – esta é a parte fundamental do seu negócio, é para quem você deve direcionar sua estratégia. Alguma dúvida disso?

No primeiro caso, o P de pessoas se refere àquelas que devem, em tese, colaborar para o sucesso do seu negócio. Você deve se esforçar para que seja assim. Seus funcionários devem conhecer muito bem sua organização (mesmo no caso das microempresas), sua missão, visão, valores e, assim, suas ações devem ser pautadas sob essas diretrizes.
A palavra chave quando se fala em colaboradores é treinamento. Treine seus funcionários para que eles reproduzam sua forma de ser com seu cliente, a forma que deseja que sua empresa seja percebida por este. Funcionário sem treinamento não sabe o que fazer no cotidiano – imagine em uma situação de crise! Colaboradores sem preparo passam para o consumidor uma imagem negativa da sua empresa.
No segundo caso, quando o P de pessoas se refere diretamente ao cliente, ele é ainda mais importante. Tudo é feito para ele, afinal. E se você não pensa assim, aconselho desde já que repense seu negócio.
Você precisa saber o que seu cliente espera de você, atendê-lo nessas expectativas e ir além. Nesse caso, o conhecimento sobre o comportamento do seu cliente pode ajudar e muito, indicando parâmetros de ação baseados em antecipações de seu comportamento.
Até aqui, falamos exclusivamente sobre o P de pessoas, sem especificar o ambiente em que estas pessoas poderiam estar inseridas e onde podem ser melhor atingidas e/ou impactadas por seu negócio.
Assim como no plano analógico, o digital (e consequentemente o marketing aplicado a este meio) é feito de pessoas e para as pessoas. A diferença reside na forma de comunicação entre essas pessoas, cada vez mais veloz e por meio das mais diversas plataformas, possibilitando formas de interação há pouco tempo nem sequer imagináveis pela grande maioria de nós.
E o P de pessoas como parte desse ambiente digital está cada vez mais ativo e exigente, influenciado pelo poder que ganhou ao estar inserido na era digital, ao acessar o conhecimento de forma tão rápida e fácil, ao ter sua opinião compartilhada por um número enorme de pessoas, chegando a locais e indivíduos diversos, alcançando até mesmo desconhecidos.
Não é, contudo, uma questão de voltar-se exclusivamente ao digital, mas de integrá-lo ao que já vem sendo feito e ao que já existe no plano analógico. O digital estará cada vez mais presente em nosso cotidiano? Sim! Mas, é preciso que se haja com cautela, sem perder de vista o foco das ações e com planejamento adequado. Estar simplesmente presente não significa estar de atuando de maneira eficaz e, consequentemente, não garante resultados.
Pessoas constroem relacionamentos umas com as outras e também com marcas que utilizam e os lugares que frequentam. No entanto, fala-se muito e faz-se, de fato, muito pouco em termos de marketing de relacionamento. A “relação” que uma empresa ou uma marca pode desenvolver junto ao seu cliente vai muito além do que é feito atualmente e muitas organizações ainda não perceberam esta brecha, onde é possível atuar (é preciso que se diga: com responsabilidade!) e conseguir resultados muito positivos. As redes sociais, claro, são um exemplo disso.
O consumidor de hoje está muito mais presente, atento e exercendo seu poder de compra. Não dá para negar que há uma transformação ocorrendo. É uma nova realidade que irá atropelar quem não estiver preparado para ela.
Escrito por Caroline Back @CarolTwy

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